Por: Rosângela Hainzenreder Guimarães.
O ser humano precisa inevitavelmente da comunicação.
Desde os mais primórdios dos tempos, sentiu necessidade de interagir e conviver com outras pessoas. Quando resolveu, na pré-história deixar seus escritos, mesmo que através de desenhos, já tinha a intenção de se comunicar. Naquele tempo, precisava da comunicação pelas mesmas necessidades de hoje: relacionamento, interação, troca de idéias, fuga da solidão, carência e pelo principal motivo da relação humana: a afetividade, que se encontra vinculado ao comportamento humano, as vivências individuais e coletivas de cada indivíduo.
O ser humano desde o útero da mãe, ao realizar os movimentos de
chutar, empurrar o ventre materno desenvolve uma forma de
comunicação com sua genitora e a mãe instintivamente acaricia o abdômen demonstrando seu afeto.
A afetividade é a comunicação de sentimentos para a formação de qualquer indivíduo. O
próprio homem, procura avançar tecnologicamente sempre inovando na área
da comunicação – jornais, revistas, rádio, televisão, teatro, cinema,
internet… com o intuito de informar, persuadir, entreter, proporcionando a relação inter pessoal, pessoal, e grupal entre as pessoas, influenciando na rotina de cada um, em como pensamos, vivemos e agimos. Através
disto desenvolvemos o nosso “eu” e observamos quais são as pessoas com
as quais convivemos, quais as atitudes que nos levam a atraí-las ao
nosso convívio diário. Agimos
basicamente assim na procura do afeto, às vezes na relação com
determinados indivíduos criamos um personagem fictício; representamos
pura e simplesmente para agradar a essa
pessoa e conquistar seu afeto. Cremos que quando nos mostramos abertas,
afetivas, carinhosas, tolerantes, flexíveis que nos tornaremos
indispensáveis em sua vida.
O especialista em mudanças na educação presencial e a distância, José Manuel Moran, em um de seus artigos comenta que “podemos
viver de aparências ou viver coerentemente. Ambas tem ganhos e perdas.
Quem vive de aparências, costuma seduzir mais rapidamente os outros,
achar os melhores espaços e ocultamente ganhar afetividade.”
Muitas
vezes o interesse do indivíduo em ganhar afetividade tem um objetivo
dúbio, para conseguir algo na vida profissional, seduzir alguém,
conquistar a atenção...
Em
sociedade, nos comunicamos com os mais variados tipos de pessoas:
extrovertidas ou introvertidas, seguras ou inseguras, as que preferem o
ter ao ser, mas todas tem um objetivo único. Comunicar-se principalmente
para conquistar o afeto das pessoas.
O
acesso maior hoje, na internet são as redes sociais, pessoas que
interagem de diferentes lugares, por diferentes objetivos, que se unem
pelos seus interesses comuns: redes de relacionamento, profissionais,
comunitárias... Tentando suprir por meio da comunicação virtual uma
carência de afeto cada vez mais presente na vida da nossa sociedade.
Quando
se desenvolve a afetividade entre professor e aluno, a aprendizagem
ocorre mais rápida, para tanto estabelecemos uma comunicação baseada no
respeito mútuo, aberta, afetiva, carinhosa, tolerante, flexível.
Para
isso é imprescindível que o professor se comunique com seu aluno para
desenvolver uma relação baseada na afetividade gerando assim um
interesse maior do seu aluno e consequentemente uma melhor
desenvolvimento na relação ensino-aprendizagem.
Referências Bibliográficas
Imagens:
olhandoavidadepoisdos60.blogspot.com
planetaeducacao.com.br
pimenta.blog.br
zelmar.blogspot.com
Bibliografia:
Textos de José Manuel Moran - Professor de comunicação da ECA-USP (aposentado), especialista em mudanças na educação presencial e a distância
A afetividade na relação pedagógica. Trecho do livro A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. 4ª Editora. Papirus, 2009, p. 55-59
Causar impacto ou fazer escolhas coerentes?
Por que nos comunicamos? Desafios na comunicação pessoal, 3ª Editora Paulinas, 2007, p.35-36.
Somos pessoas ou personagens? Complemento do livro Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª São Paulo: Paulinas, 2007.
Dicionário Aurélio Digital – 2009 Com a nova reforma ortográfica
Enciclopédia Wikipédia
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