Ensinar para aprender...

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Resumo: ¨A língua de Eulália."


Por: Pâmela Simch 

Resumo do livro ¨A língua de Eulália.
Autor : Marcos Bagno 

O livro a língua de Eulália , procura mostrar que a linguagem diferente , nem sempre pode ser considerado um erro de português , pode ser explicado por algumas ciências como a linguística, história , sociologia e até mesmo a psicologia. 

A LÍNGUA DE EULÁLIA 

Vera, Silvia e Emília são professoras de uma escola de São Paulo e estudantes universitárias de letras ,psicologia e pedagogia, elas decidem passar as férias na cidade de Atibaia e ficaram hospedadas na casa da tia da Vera que se chama Irene que é linguista e esta escrevendo um livro sobre variação linguística.
Após o almoço de recepção , as garotas acham engraçado o modo de Eulália , empregada de Irene falar , ao pronunciar por exemplo ,¨os probrema ¨, ¨os fósfro¨. A partir dai então a tia Irene começa a ensinar os fenômenos da língua e explicar a lógica de funcionamento das variedades linguísticas para combater o preconceito linguístico.Irene explica que Eulália não fala errado ela fala é diferente , ela utiliza o português não padrão, isso acaba despertando a curiosidade das três estudantes em relação a língua portuguesa e suas variedades . Irene propõe a elas que que sirvam de cobaias para sua tese desenvolvidas no livro que está escrevendo e propõe dar aulas no período em que elas ficaram de férias para discutirem o assunto .
Começa então uma série de intervenções , de Irene sobre as variedades do português , Irene começa explicando que toda língua varia dependendo da condição sociocultural do falante , mostra também que existem as diferenças geográficas.A norma-padrão é aquele modelo ideal de língua que deve ser usado pelas autoridades, pelos órgãos oficiais, pelas pessoas cultaspelos escritores e jornalistas, a academia de letras estabelece a ortografiaoficial, a maneira única de escrever.No momento em que se estabelece uma norma-padrão, ela ganha tantaimportância e tanto prestígio social que todas as demais variedades são consideradas impróprias. O que estou tentando dizer é que todas as variedades de uma língua têm recursos linguísticos suficientes para desempenhar sua função de veículo de comunicação.— Se estou entendendo bem — diz Emília —, a língua é um balaio de variedades , e só umas poucas vão ser tiradas do balaio para compor o padrão, no brasil portanto não se fala só uma língua portuguesa, fala-se um certo número de variedades de português. 

Irene comenta que está escrevendo um livro - no entanto, é preciso deixar uma coisa bem clara: existem muito mais semelhanças do que diferenças entre as variedades do português do Brasil, mas fica tarde e resolvem continuar o papo outro dia. As aulas foram combinadas de ser na escolinha que era o nome dado ao cômodo , que Irene mandou construí perto da casa, para desenvolver suas atividades alfabetizadoras, um espaço de troca de conhecimentos, lá conversam sobre o os versos de Os Lusíadas de Camões e sobre a língua falada, a língua que se aprende na escola , literária, escrita e a língua dos ricos.No outro dia Irene leva para a aula um aparelho de som portátil e uma fita cassete e Irene coloca canções do folclore ¨cuitelinho¨, e usam a canção para conhecer alguma regras do que as pessoas chamam de português não-padrão , ela tem uma clara lógica linguística, tem regras que são coerentemente obedecidas e tem regras que são coerentemente obedecidas. É importante que nós educadores, tenhamos em mente o português não-padrão é diferente do português-padrão. Na próxima aula o assunto é simplificacação das das conjunções verbais, Irene mostra seis formas verbais diferentes do mesmo verbo em um único tempo verbal, assim : eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam. Aproveitando o assunto verbo elas verificam que a noção de tempo desaparece em algumas frase , entre uma explicação e outra as alunas vão percebendo que o ensino do português nas escola e algo problemático , pois se ensina como se fosse algo complicado.
Em um belo dia de sol , elas foram passear pela cidade pela cidade de Atibaia, mas mesmo assim não deixavam de ter aulas, durante o passeio vai surgindo assuntos, Irene diz que a língua escrita deve ter um registro permanente e usada na transmissão de saber e cultura , sem sofrer interfências da língua falada.
O próximo assunto é a redução do E e do O átonos pretônicos , que consiste nas transformação do dessas vogais em I e U quando pronunciadas antes da sílaba tônica , há ainda outros fenômenos fonéticos importantes que são comentados em sua análises . 

Em um café da manhã Irene sai e deixa vários bilhetes para suas alunas com frases construídas pela partícula SE , para que elas vão pensando sobre isso , na aula da noite , Irene vai explicar a função da partícula SE como verdadeiro sujeito da oração.Irene explica que a língua que se fala no Brasil é o português , e elas chegam a conclusão que é que o nosso português não existe , por ser uma língua formada por ser uma língua formada por muitos outros idiomas e dialetos, totalmente mutáveis e variáveis , em diferentes regiões do pais o português é falado com sotaques e características muito próprias e a norma padrão , oficial, definida pela Academia de Letras, é uma só, seguida em todo país. Isso marca a diferença entre a língua falada , que nem sempre segue padrão imposto por lei , eo português -padrão é aprendido nas escola e o português-não-padrão é passado de uma geração para outra, oralmente, que são aprendidas naturalmente por imitação, é uma linguagem funcional que trata de eliminar as regras desnecessárias . Irene considera ainda que devido as imposições da norma culta , pode se observar muito mais semelhança do que desigualdade na comparação entre o português-padrão e o não-padrão. Voltando as aula Irene mostra as aluna que não há nem uma impropriedade do uso de mim para responder , tão criticado por algumas pessoas, ela termina a aula criticando aqueles que dizem que isso é língua de índio, depois de tanto tempo de aprendizagem chega hora das alunas irem embora, as férias estão acabando , Irene propõe então que antes da partida elas façam uma avalição , para verificar se realmente aprenderam,e entrega a cada uma das alunas , Silvia, Vera e Emília , uma cópia do poema Malinculia de Antonio Sales , poeta popular , para que elas façam uma análise, inclusive do título , que remete á palavra melancolia , elas descobrem que tudo o que elas aprenderam pode ser verificado no poema analisado , pois tiveram a oportunidade de aprender muitas coisas sobre o português não-padrão e sobre o funcionamento da norma culta , além de um pouco de grego e latim , misturado com italiano e francês . Irene ficou muito satisfeita, afirma que colocou uma semente em cada uma delas para lutarem para que as pessoas possam se conscientizem que não existe falar errado, mas falar diferente e que as pessoas que falam diferente não devem ser inferiorizadas ou prejulgadas pela sociedade .
Chega o dia da partida e Irene , na rodoviária, durante as despedidas , Irene diz as garotas que que fará uma dedicação a elas em seu novo livro e que este recebera o nome de A língua de Eulália.

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